quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Líderes religiosos se unem a Dilma


A cruzada contra a guerra suja

Líderes religiosos se unem a Dilma para impedir que discussões fundamentalistas tomem o lugar do debate político no segundo turno das eleições presidenciais

Claudio Dantas Sequeira e Alan Rodrigues

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REFORÇO
Lula, Dilma e Temer recebem o apoio
dos aliados eleitos em 3 de outubro

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Desde a manhã da segunda-feira 4, a rotina de sermões do pastor evangélico Manoel Ferreira foi radicalmente substituída por uma sequência interminável de reuniões políticas. A mais importante delas ocorreu na quarta-feira 6 à tarde. Trancado no gabinete de Gilberto Carvalho, no Palácio do Planalto, o líder religioso disse ao assessor do presidente Lula que a insistência da oposição em explorar a questão do aborto no segundo turno poderia minar a estratégia da campanha de Dilma Rousseff de discutir propostas concretas para o futuro do País. “Não devemos ficar presos a esse debate superficial que só atende a interesses obscuros”, afirmou Ferreira. O pastor foi convocado às pressas a Brasília para comandar o exército que saiu em defesa da candidatura de Dilma em meio à guerra suja alimentada, nos últimos dias, pelo PSDB na disputa à Presidência da República. Numa tentativa de desgastar a imagem de Dilma perante o eleitorado, os tucanos têm disseminado a tese de que a candidata do PT é a favor da descriminalização do aborto, das drogas e da união homossexual. “É um debate fundamentalista”, disse o pastor à ISTOÉ. Para mudar a situação, o líder religioso sugeriu a Gilberto Carvalho uma série de medidas. A principal delas, o enterro, sem velório, do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). “Esse documento é o centro irradiador de toda a polêmica.” Presidente da Assembleia de Deus de Madureira e da Convenção Nacional das Assembleias de Deus (CNAD), corrente que congrega oito milhões de evangélicos, Ferreira é conhecido pelo carisma e pela capacidade de mediação. Deputado federal pelo PR do Rio, o pastor é amigo de Lula desde a eleição de 1994. “Lula é o presidente mais sensível às demandas religiosas que o Brasil já teve”, defende Ferreira. Ele espera selar de vez a paz com as principais lideranças religiosas, católicas e evangélicas, num encontro na quarta-feira 13. Ao longo da semana passada, Ferreira telefonou para dirigentes da CNBB, da Igreja Universal, da Assembleia de Deus e dos movimentos carismáticos. A ideia é reuni-los com Dilma e o presidente Lula, a fim de convencê-los a apoiar a candidatura petista em troca de um compromisso definitivo sobre as principais demandas religiosas. Além do enterro do PNDH-3, Ferreira sugere o arquivamento do PL-122, que criminaliza a homofobia. Esse compromisso de Dilma com os segmentos religiosos seria consolidado numa nova versão da Carta ao Povo de Deus, como a divulgada por Dilma em agosto. O rascunho do texto será elaborado na segunda-feira 10, quando Dilma reunirá os coordenadores de campanha no hotel Brasília Imperial às 10h.


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Essas iniciativas serão fundamentais para duas coisas: em primeiro lugar, esclarecer que Dilma, uma vez eleita, não interferirá no debate sobre aborto e outros temas sensíveis, que ficarão a cargo do Congresso. E, em segundo, focar a campanha no detalhamento do programa de governo e nas dife ren ças entre os projetos petista e tucano, especialmente a questão das privatizações e o marco regulatório do pré-sal. “Vamos priorizar aquilo que nos diferencia. Ontem, Serra defendeu fortemente as privatizações. Está ficando explícito quais são as diferenças. Esse é o debate do segundo turno. Eles são contra a ideia de fortalecer a Petrobras, o Estado, no processo de exploração do pré-sal”, disse na quinta-feira 7 o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.


Essa mensagem será repassada por uma força-tarefa montada nos principais centros urbanos, com a ajuda dos governadores e parlamentares eleitos da base aliada, como o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). Aliado de primeira hora, Crivella está confiante na arregimentação dos fiéis da Igreja Universal. “Precisamos conversar, agora, com mais calma sobre essa questão que acabou prejudicando na reta final”, diz Crivella. Para o senador, houve um mal-entendido que foi explorado pela oposição, especialmente na internet. No comando da campanha de Dilma, estima-se que, dos dez milhões de votos evangélicos obtidos por Marina Silva no primeiro turno, cerca de seis milhões migrarão para a petista. Por isso as conversas, no meio evangélico, visam à conversão para o lado de Dilma de líderes importantes que, hoje, mantêm certa afinidade com a campanha de José Serra. Dentre eles está o pastor José Wellington, presidente da Convenção-Geral das Assembleias de Deus, que reúne dez milhões de fiéis, e Silas Malafaia, que preside a corrente Vitória em Cristo e exerce influência sobre várias denominações religiosas. Malafaia tem como principal capital a retransmissão de suas pregações em quatro canais de tevê e até oito horas de programa aos sábados.


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INTERPRETAÇÃO
Ferreira (abaixo), da Assembleia de Deus, tem a missão de mostrar a líderes
religiosos como Malafaia (acima) que o debate atual está distorcido

A preocupação da campanha do PT está amparada em pesquisas internas realizadas na última semana. As consultas constataram que a sangria de votos continuava com força. Para se ter uma ideia do estrago feito no eleitorado evangélico, na Baixada Fluminense – que representa 2,5% do eleitorado brasileiro e onde Dilma teve seu primeiro compromisso de campanha do segundo turno – os eleitores chegavam a dizer que queriam “votar pelo continuísmo de Lula, mas não em Dilma”. Na verdade, as entrevistas mostram que o eleitor não tem nenhuma motivação para votar em Serra, mas revelava medo de optar pela petista. Ou seja, os boatos vinham distorcendo o verdadeiro debate eleitoral. “É um absurdo mexer com o preconceito das pessoas, em vez de se discutir a realidade. É uma baixaria usar a religião, de forma fácil e errada, nas eleições”, diz Renato Janine Ribeiro, professor de ética e filosofia da USP.


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Esse desvirtuamento do debate político levou o arcebispo metropolitano de São Paulo e secretário-geral da CNBB, cardeal dom Odilo Scherer, a se manifestar sobre o caso. “A polarização em torno do assunto não é boa, porque temos muitos temas que devem também ser levados em consideração na hora do voto”, disse o cardeal no encerramento da Semana Nacional da Vida, em São Paulo. Para dom Demétrio Valentim, da Diocese de Jales, interior de São Paulo, a questão do aborto está sendo “instrumentalizada para fins eleitorais”. A crítica é respaldada por um cacique petista. “O sentimento religioso de nosso povo está sendo usado de forma indevida. No PT temos vários credos. Querem que o País regrida à Idade Média?”, questiona.


A exemplo do pastor Manoel Ferreira, dom Valentim, que também é amigo de Lula, tem exercido papel fundamental no diálogo com os católicos. Afinal, nessa guerra santa, não são apenas os 49 milhões de eleitores evangélicos que estão em disputa, mas uma parcela considerável dos 85 milhões de católicos. “Esta situação precisa ser esclarecida e denunciada”, afirma Valentim.

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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

PRESIDENTE : VOTO NO 13 - DILMA - Paulo Afonso


Por quê? Não vejo nem Marina nem Serra ou outro presidenciável para dar continuidade a forma de governo do Lula. Dilma pode não ser a pessoa mais preparada para governar o Brasil, mas não existe outro presidenciável que seja melhor que ela, na minha opinião. Depois, envio minha msg sobre minha opinião sobre o Governo Lula.
Lastimo que a baixaria que aconteceu quando o Lula era candidato contra o Collor e que apresentaram a filha dele fora do casamento de uma maneira que lhe prejudicou a imagem e quem perdeu com isso foi o país, agora fazem a mesma coisa com Dilma. Requentam a fase de 1968 quando ela era guerrilheira, trazendo os fatos da época como se acontecera ontem. Implantaram a mentira de ela disse que estava eleita e que nem Cristo lhe tomaria a eleição. Outra requentada daquela msg que roda a internet sob o título "Com Jesus não se brinca" (ou coisa parecida), citando casos de John Lenon, Beatles, e outros menos votados que se disseram superiores a Jesus e decaíram.
Na realidade, me orgulho de ter feito parte da JOC- Juventude Operária Católica, da Ação Católica, que seguia ensinamentos do Cardeal Cardjin e não a cartilha de Marx ou Lênin. Não fui preso mas tive a Maria Floripes, o João e outros da JOC presos, como também outros que fugiram para não serem apanhados - como o Frei Marcelo da JEC-Juventude Estudantil Católica.
Participei do encontro da UNE no Convento dos Dominicanos, que foi invadido pelos militares da "revolução". Estava nesse Convento quando o Padre Lage foi lá pedir asilo. Estava na busca da democracia junto com o Professor Edgar Mata Machado (meu padrinho de casamento), Professor Edgar Amorim, Marcos Tito, Antonio Faria (à época), Raul Belém (à época), Cássio Gonçalves, entre outros.
Quando hoje temos os partidos de várias matizes, como Partido Comunista, Partido Progressista, Democratas, Partido Comunista Operário, que só existem por que houve vários tipos de lutas pela Democracia. Dilma, José Neres, José Dirceu, entre outros, usaram como meio a luta armada. Outros, o voto no MDB. Outros, as letras dos jornais, tipo "O Pasquim".
Por isso, quem não conviveu com o que acontecia desde a eleição de Juscelino, quando várias vezes tentaram armar golpe para o retirar do governo onde alçou pelo voto, e continuaram até conseguir no governo de Jango, não sabe o que houve de luta, em suas várias formas, para desaguar na democracia que temos hoje.
Em nome de tudo isso, coerente com minhas convicções, voto 13 - voto DILMA!
Quem sou eu? Sou um militante que vivo na luta para quando morrer deixar esse mundo melhor que encontrei.
Em várias de minhas lutas já obtive sucesso e outras estou na esperança. No movimento negro participei em caminhadas, sujeitas a bombas e cassetetadas, subi em carros de som junto com Marcos Cardoso, Celinha, Rogéria, Orlando, Cleide Hilda, Benilda, entre tantos outros. Hoje, temos uma SEPPIR, uma Secretaria do Governo Lula com nível de Ministério. Hoje temos uma rede nacional, como a CONEN que abarca entidades nacionais como CENARAB, CEN, APN, entre outras. Hoje, o que eu não via quando comecei a militância, vemos hoje: negros em novela da Globo, não mais com papéis de escravos ou empregadas domésticas. Vemos negros nas propagandas de roupas, jóias, automóveis, onde antes as empresas diziam que não colocavam modelos negros por que eles não "vendiam". Fui sócio-fundador da Casa Dandara que muito impulsionou as vitórias do Movimento Negro. Participei do 1º e do 2º ENEN-Encontro Nacional das Entidades do Movimento Negro. E vai por aí a fora.
Como militante religioso do Candomblé, fui um dos primeiros candomblecistas a fazer parte dos movimentos sociais, onde já atuavam o Nelson Mateus, o Wamy Guimarães, a Sônia, o Marco Antônio Logun, os irmãos Camelo, Dorico, Yaterê, Lauro de Xangô, Daniel Mamede, entre outros da época. Fui sócio-fundador da COMCAN-Congregação Mineira dos Candomblecistas e sócio-fundador do CENARAB-Centro Nacional da Africanidade e Resistência Afro-Brasileira, lutando para a organização política e unidade dos religiosos e adeptos das religiões de Matriz Africana, criando o termo "sacralização" dos animais no Candomblé, evitando a confusa palavra "sacrifício" dos animais, que era mais utilizada.
Hoje, tenho meu escritório de advocacia com uma boa carteira de clientes, incluindo famílias. Tenho casa própria e automóvel. Tenho um ganho de aposentadoria. Por isso, não voto pensando em ganho próprio individual. Não voto pensando no cargo que vou assumir (aliás, nunca assumi cargo político-partidário). Não voto a troco de ofertas de qualquer forma. Voto naqueles que acredito estarem a favor da construção de um mundo mais solidário, mais fraterno, mais igualitário e que reduza a pobreza, o analfabetismo, o racismo e toda forma de discriminação. Hoje, com 66 anos de idade, duvido que alguém possa provar que fui desonesto em qualquer área: profissional, financeira, social, familiar, em meus empregos (todos por concurso!), etc. Por tudo isso não voto em candidatos da assumida direita (PP, DEM, PTB, PR, PSC, entre outros) e só nos da esquerda ou centro-esquerda como o PT, PDT, PV, PSB, PCB, etc.
Por isso meus candidatos são "Ficha Limpa". Sempre votei por ideologia: são os candidatos oriundos do movimento negro e das religiões afro-brasileiras, como Nelson Mateus, Mãe Kitulá, Marcos Cardoso, Benilda, Celinha, Denise Pacheco, etc. e paraEstadual-2010 temos o Denílson Martins-13.300 ou a Shanna Dias-12.306; temos aqueles que são sensíveis às causas que abraço (do tipo do Virgílio Guimarães - Suplente do Pimentel-123), como oLéo Motta-43430 ou o Rogério Corrêa-13.123. Como Deputado Federal tenho confiança no filho do Virgílio Guimarães - o Gabriel Guimarães-1311, no Fernando Neiva-1361, no Nilmário Miranda-1331. Minha opção para Senador é oRafael Pimenta-212, que tem o meu cunhado José Neres como suplente.
Portanto, no dia 3 de outubro, tenho convicção de dois votos: DILMA-13 e RAFAEL PIMENTA-212. Os demais ainda estou decidindo!!!
Saudações democráticas!!!
Paulo Afonso

“Deveria filosofar, no entanto, apenas opino.” - Marquinhos Cardoso

“Deveria filosofar, no entanto, apenas opino.”

Quando a mentira organizada, definitivamente, fizer com que todos os mineiros mintam por princípio, e não apenas em relação a particularidades, a veracidade como tal, sem o apoio das forças distorcidas do poder do conglomerado midiático a serviço da mentira de alguém ou de algum grupo de interesse – “os verdadeiros interesses de Minas”, por exemplo, não são os interesses coletivos, são os interesses particulares de uma oligarquia conservadora e carcomida, travestida pelo discurso de uma “elite política mineira” sem projeto, que através de um discurso pseudo moderno de gestão eficiente e com um verniz sofisticado, é ainda e apenas a mentira deliberada. Só quando todos os mineiros mentirem, ai sim, teríamos um fato político de primeira grandeza. Onde todos mentem acerca de tudo que é importante, aquele que conta a verdade começou a agir, quer o saiba ou não, ele se comprometeu com os negócios mundanos, com a política, pois na improvável eventualidade de sobreviver, terá dado um primeiro passo para a transformação do mundo.

O fato de que o mentiroso é livre para moldar os seus “fatos” adequando-os ao seu proveito e ao prazer, ou mesmo às meras expectativas da sua audiência, o mais provável é que ele seja mais convincente do que quem diz a verdade.

Diante disso, dos negócios mundanos da política, é possível buscar, pelo menos, da verdade factual. Antes que nos aniquilem, antes que façam dos nossos projetos, dos nossos sonhos coletivos uma pá de cal, é possível que nós, negros e negras e os pobres de Minas e do Brasil, apostemos na veracidade de que eles não ligam para nós, como profetizou Michael Jackson naquela música gravada na favela do Rio e no Pelourinho em Salvador. Assim, a razão clama por nossa ação cívica pelo voto naqueles que representam projetos voltados para o bem comum, na coletividade. Vamos votar naqueles comprometidos com os nossos projetos.

Eu voto Dilma para Presidente - 13.

Voto em Hélio Costa Governador 15 - Patrus Vice

Voto em Pimentel – Senador – 133

Voto em Zito Vieira – Senador – 650

E indico entre diversas candidaturas os seguintes:

Deputado Estadual

Denílson Martins – 13300

Professor Paulo – 13153

Deputados Federais

Gabriel Guimarães – 1311

Nilmario Miranda – 1331

Professor Anelito de Oliveira – 4075

Um abraço do Marquinhos Cardoso