quarta-feira, 13 de maio de 2009

HAPPY HOUR SOBÁ 15 DE MAIO 2009



A SOBÁ foi criada em março de 1999, com o objetivo de divulgar uma bibliografia referente às questões étnico-raciais e facilitar o acesso de pesquisadores, professores, militantes do movimento negro e de demais segmentos interessados em pensar as relações étnicas no Brasil.
A SOBÁ organiza material específico sobre a questão racial negra no país através de trabalho minucioso de pesquisa e de busca em várias editoras. O trabalho selecionado nas diversas áreas do conhecimento é apresentado e comercializado em seminários, feiras, congressos, festivais, cursos, faculdades e escolas de várias cidades brasileiras, uma vez que a Sobá é também uma livraria itinerante.
Visando a construção de outros projetos, a livraria iniciou mais um e, em março de 2007, inaugurou a SOBÁ LIVRARIA & CAFÉ, um espaço cultural, artístico, literário e gastronômico, proporcionando ao público em geral, principalmente aos belorizontinos, acesso a cultura e lazer com conforto e qualidade.

SOBÁ - palavra inspirada no quimbundo – uma língua africana – expressa ancestralidade, sabedoria e semeadura, foi escolhida para nomear a livraria, que se propõe ser um espaço de busca por informação, formação e conhecimento.
A Livraria é coordenada por Celeste Libania e Rosane Pires, educadoras formadas em Letras pela UFMG.

Iª Caminhada Cultural Pela Liberdade Religiosa e Pela Paz - BH

Iª Caminhada Cultural Pela Liberdade Religiosa e Pela Paz
dia 13 de maio 2009 14:00hs na Praça 7


Nunca a vida humana e a terra estiveram tão ameaçadas – por conflitos produzidos por grupos economicamente poderosos, por danos ao meio ambiente, por terríveis desrespeito aos direitos do Ser humano, por conflitos étnico-culturais e por irresponsável incitação a rixas e a conflitos religiosos, inclusive através do uso diário dos meios de comunicação.

Mas, o ser humano, mesmo na sua diversidade e com as suas diferenças possui uma fundamental semelhança: trata-se do sagrado apego à vida, à defesa da vida – uma das fontes da nossa solidariedade de uns para com os outros e escudo humano contra todas as ameaças de aniquilação, destruição e morte.

Nós acreditamos na condição sagrada do ser humano e na eternidade da vida, na igualdade entre todos os homens e mulheres, e na paz. Nós acreditamos que todo o ser humano – na diversidade de culturas e de crenças – pode e deve buscar a convivência, em harmonia, cultivar sua herança cultural, seus valores, sua crença, preservando os rituais e a liturgia da religião de cada povo. É nossa convicção de que todo ser humano tem, também, o dever de cultivar e praticar o respeito ao seu semelhante – sem desrespeitar e agredir os valores morais, a ética e a crença de outrem.

Nós sabemos: constelações e planetas são diversos, assim como homens e mulheres de diversas culturas são diferentes. Mas, nós acreditamos que somos semelhantes em nossa vida, encarnada em cada criança e em cada adolescente, em cada adulto do mais jovem ao mais vivido. E sabemos: a semelhança une.

Aqui e neste dia, nós nos reunimos para festejar nossa rica diversidade de culturas, de religiões, de fé e para celebrar a nossa confiança na capacidade do ser humano de preservar a vida de todos e de cada um. Vamos, juntos, caminhar em defesa da paz, pelo direito de todos os seres humanos de cultivar sua fé e suas crenças – e, sobretudo, pelo dever de todos de defender e preservar a sagrada vida humana.
Dalmir Franciso-Mestre em Comunicação
A organização do Movimento Cultural Pela Liberdade Religiosa e Pela Paz
Convida

Exibição do Vídeos:
-Até Oxalá vai a Guerra
-Direitos Humanos e intolerância religiosa
Após Roda de Conversa sobre os vídeos

Iª Caminhada Cultural Pela Liberdade Religiosa e Pela Paz/ MG
dia 13 de maio
Concentração na Praça 7 (centro de BH)
apartir das 14 horas
Programação Cultural:
_Arue das Gerais
_Banda Esfera
_Banda Kalimba
_Beto Amaral
_Danilo Negão
_Companhia Baobá de Arte Africana
_Mestre Conga do Samba
_Odu Orixas
e muito ++++++++++++++
Organização: MONABANTU/MG
Associação Cultural Marcus Garvey

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Teatro da Cidade abrirá testes para a sua próxima produção musical

Se você tem aptidão ou conhece alguém que tenha...

Tá na hora de aproveitar a oportunidade!


Atenção atrizes e atores profissionais de BH, na faixa etária entre 20 e 35 anos!

O Teatro da Cidade abrirá testes para a sua próxima produção musical:


"PREPARE O SEU CORAÇÃO"


Texto dos autores Mário Viana e Fábio Torres - SP, sobre a geração da era dos festivais da MPB, que abraça o período histórico da vida brasileira entre 1960/70, sob a ótica dos jovens daquela época.

Comovente, emocionante e bem-humorado, o texto retrata um dos períodos mais férteis e criativos da cultura brasileira e também dos mais conturbados da vida nacional, compreendido entre o golpe de 64 e o ato de 68.

Portanto, se você se encaixa nos requisitos abaixo, envie seu currículo resumido, nº de DRT e foto para o Teatro da Cidade através do e-mail do teatrodacidade@gmail.com

ou entregue pessoalmente na secretaria do teatro a partir de 14 h de segunda a sexta.

Requisitos para teste:

1 - Canto - solo e coro - leitura de arranjos vocais

2 - Interpretação de textos

3 - Boa base de dança e expressão corporal

4 - Disponibilidade para longa temporada em cartaz.

5 - Informar se toca algum instrumento musical.

6 - Disponibilidade para ensaios no período da tarde diariamente.

Os testes serão realizados no fim de maio em datas e horários a serem definidos.

Ensaios a partir de 01 de junho e estréia em outubro..


Abraços, obrigado e prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar...


Pedro Paulo Cava

3273-1050 - Teatro da Cidade a partir de 14h

9982-4631 - cel

3293-3693 - residência, eventualmente pela manhã

terça-feira, 5 de maio de 2009

Supremo Ministro Joaquim Barbosa - Naquele 22 de abril de 2009

Naquele 22 de abril de 2009, nenhum nobre navegante português ousaria nos "descobrir". Descobertos fomos pelos olhos e pela voz do primeiro negro que, com altivez e coragem, no topo da nau capitânia do judiciário, admoestou o pretenso comandante.
Naquele 22 de abril de 2009, não caberia um 7 de setembro em que o filho do rei, futuro imperador do país, daria gritos de independência às margens de um riacho qualquer; ali, ouvimos o brado da liberdade e da insubmissão da voz abafada do povo, silenciada por séculos pelos donos do poder, através de sucessivos crimes de lesa-cidadania: "Respeite, ministro! Vossa Excelência não tem condições de dar lição de moral em ninguém!"
Naquele 22 de abril de 2009, nenhuma princesa "bondosa" assinaria uma vaga lei que nos concedia liberdade, mas nos cassava a condição de cidadãos, proibindo-nos o voto, a escola de qualidade e o trabalho digno; presenciamos, sim, a abolição proclamada em nossas almas, 121 anos depois, pela voz corajosa de um Luís Gama redivivo, encarnando todos os quilombos massacrados e abrindo os portões de todas as senzalas: "Vossa Excelência não está nas ruas; está na mídia destruindo a credibilidade de nossa justiça!"
Naquele 22 de abril de 2009, nenhum marechal, de pijama, ousaria proclamar república nenhuma; o pacto de poder que condenou a maioria de nossa gente a ser um povo de segunda classe viu-se desmascarado pela indignação patriótica de um João Cândido reeditado, que fez a chibata girar em movimento contrário, açoitando o lombo dos que se acostumaram a bater, por séculos a fio: "Respeite, ministro! Vossa Excelência não está falando com seus capangas do Mato Grosso!"
Naquele dia, Ogum, Xangÿ e Oxóssi desceram os três num corpo só e reafirmaram a presença arquetípica da África dentro de nós. Todos os movimentos aparentemente derrotados dos nossos heróis anÿnimos puseram-se de pé, vitoriosos, mesmo que não tivessem vencido uma só batalha. A Revolta dos Búzios, a Revolução dos Malês, o Quilombo dos Palmares, todos, reencenaram seus teatros de operação e puderam, séculos depois, derrotar simbolicamente o inimigo..
Naquele dia, saíram às ruas todas as escolas de samba, de jongo, todos os blocos afros; bateram os candomblés e as giras de umbanda, a procissão da Boa Morte, o Bembé do Mercado de Santo Amaro; brilharam os pequenos olhos da criança negra recém-nascida ao descortinar a luz azul de um futuro melhor.
Naquele dia, materializando todos os nossos sonhos e desejos secularmente negados, Vossa Excelência deixou de ser apenas um ministro do Supremo Tribunal Federal para tornar-se o supremo ministro de todos os brasileiros.
Jorge Portugal, Santo Amaro da Purificação, BA, educador, poeta, membro do Cons. Nacional de Política Cultural secretaria@jorgeportugal.com.br
(Transcrito da página de Opinião do jornal A Tarde, da Bahia, de 28.4.09)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Professor da UFRGS é condenado por racismo


Preconceito


Professor de Agronomia disse que "soja é que nem negro, uma vez que nasce é difícil de matar"
Tribunal Regional Federal da 4ª Região - 30/04/2009

A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) condenou um professor da faculdade de Agronomia da UFRGS a pagar multa civil por ato de racismo. O professor José Antônio Costa, foi denunciado em ação civil pública pelo Ministério Público Federal (MPF) por ter feito em aula comentários racistas.

Conforme a denúncia do MPF, o acusado teria dito durante o primeiro dia de aula da disciplina “Leguminosas de Grãos Alimentícios”, em março de 2000, as frases: “os negrinhos da favela só tinham os dentes brancos porque a água que bebiam possuía fluor” e “soja é que nem negro, uma vez que nasce é difícil de matar”.

À época, foi aberta uma comissão de sindicância na faculdade, que concluiu que não havia uma conotação racista nas afirmativas do professor e que este tinha “o intuito de criar um ambiente mais descontraído no primeiro dia de aula”, e ainda, que teria feito uso de expressões informais usuais no meio rural relacionadas à raça negra.

O MPF então ajuizou a ação, julgada pela 6ª Vara Federal de Porto Alegre, que foi considerada improcedente. A Procuradoria recorreu ao tribunal alegando que houve ação discriminatória e racista e que esta teria provocado constrangimento e indignação em todos os presentes e principalmente no único aluno negro presente.

O acusado defendeu-se alegando ter dito as frases sem intenção pejorativa e que valera-se de ditado corrente na zona rural, costumeiro em agricultores de origem italiana, que teria um conteúdo positivo, relativo ao vigor da raça negra. Entretanto, conforme alunos que testemunharam o fato, ele teria se retratado ao final da aula e em aulas posteriores tentado intimidar o aluno ofendido.

O relator do processo, juiz federal Roger Raupp Rios, convocado para atuar na corte, entendeu que “é inequívoca a violação dos princípios da legalidade, da impessoalidade e da moralidade”. Segundo o magistrado, um professor com o grau de intelectualidade do réu não teria como ignorar o conteúdo racista nas expressões utilizadas.

O professor foi condenado a pagar multa civil no valor de uma remuneração mensal do seu cargo universitário, que será destinada ao Fundo da Ação Civil Pública, incluídas todas as vantagens e adicionais que recebia quando ocorreu o fato. Ele poderá recorrer da decisão. http://www.trf4.jus.br/trf4/