quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Leonardo Boff: A mídia comete sim abusos ao atacar Lula e Dilma - 23 de Setembro de 2010

O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta. Por Leonardo Boff

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o "silêncio obsequioso" pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o "Brasil Nunca Mais", onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando veem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como "famiglia" mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos de O Estado de São Paulo, de A Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem desse povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido a mais alta autoridade do país, ao Presidente Lula. Nele veem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma), "a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes, nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo -Jeca Tatu-; negou seus direitos; arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação; conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)".

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados, de onde vem Lula, e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e para "fazedores de cabeça" do povo. Quando Lula afirmou que "a opinião pública somos nós", frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas, importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, ao fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA, que faz questão de não ver; protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra, mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e, no fundo, retrógrado e velhista; ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes?

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das más vontades deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

REAJA NESTAS ELEIÇÕES!

REAJA NESTAS ELEIÇÕES! VOTE NA LUTA CONTRA A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E PELA INCLUSÃO SOCIAL DOS AFRODESCENDENTES. VOTE 4075 DEPUTADO FEDERAL ANELITO DE OLIVEIRA

DA REDAÇÃO | Votar em Anelito de Oliveira para deputado federal no próximo domingo é contribuir para a erradicação do racismo no país e consequente inclusão social de afrodescendentes, não uma inclusão meramente discursiva, mas inclusão real: com emprego, saúde e educação de qualidade.
O mandato Anelito de Oliveira será profundamente comprometido com a melhoria das condições de vida do povo afrodescendente brasileiro em geral e mineiro, em especial, será uma verdadeira trincheira em defesa de milhões de pessoas historicamente injustiçadas.
Você que é negro, que sofre na pele e na alma os ferimentos do racismo, e você que não é negro de pele, mas é negro de coração, que se solidariza com os negros e se envergonha de viver num país racista em pleno século XXI, dê sua contribuição para elegermos Anelito de Oliveira dia 03 de outubro. Reaja!

DA REDAÇÃO | A educação pública, em todos os níveis, vem sendo cada vez mais sucateada no país em favor de empresários maquiavélicos, completamente descomprometidos com a sociedade brasileira, interessados apenas em lucros absurdos que jamais alcançariam nos limites da ética.
O ensino fundamental e médio, sob a responsabilidade de administradores públicos irresponsáveis, peritos em desvio de verbas federais, está jogado às traças, com escolas desestruturadas, professores com o velho salário de fome e alunos desmotivados, que não mais se reconhecem num espaço de formação.
Pelo país afora, mais de 600 faculdades privadas estão operando sem o nível de qualidade exigido pelo MEC, sem o número mínimo de professores mestres e doutores, sem bibliotecas e laboratórios, vendendo caro uma formação superior de mentira.
As Universidades públicas estão cada vez mais arruinadas, distanciadas da sua finalidade originária, a de constituir um espaço de produção de conhecimento crítico capaz de contribuir positivamente para a melhoria da vida em sociedade.
PRECISAMOS MUDAR URGENTEMENTE ESTA TRISTE REALIDADE. VOTE PELO RESGATE E FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA. VOTE 4075 ANELITO DE OLIVEIRA DEPUTADO FEDERAL. NO DIA 03 DE OUTUBRO, REAJA!
ACESSE E DIVULGUE, POR FAVOR, O BLOG DE CAMPANHA
http://anelitodeoliveira4075federal.blogspot.com

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

NOTA DE FALECIMENTO - 11 de setembro 2010

Sr Benedito - "Seu Dito"

A comunidade de Moça Santa está novamente de luto.
Faleceu neste sábado 11/09/2010 a mãe do Senhor Benedito ou "seu Dito" para os mais queridos, Dona Maria.
Dona Maria, que cativava à todos logo na entrada da Comunidade, com seu jeito de quem queria ver bem de perto o que aquelas pessoas iriam fazer ali.
Simpática e carismática, sempre nos recebeu com enorme sorriso.
Sorriso este, que, juro sentirei falta na próxima viagem.
Aqui vai o meu mais sincero pesar.
Dona Maria, Tia de Moça Santa, que dá nome à Comunidade Quilombola.
Desejando preservar esse tesouro da memória coletiva, a famosa frase que o africano, Amadou Hampaté Ba (*1901 - +1991) disse em 1960: “Na África, cada velho que morre é uma biblioteca inteira que se queima”.

Institui o Dia Nacional do Evangélico




Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 12.328, DE 15 DE SETEMBRO D


Institui o Dia Nacional do Evangélico a ser comemorado no dia 30 de novembro de cada ano.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional do Evangélico, a ser comemorado no dia 30 de novembrode cada ano.

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 15 de setembro de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Este texto não substitui o publicado no DOU de 16.9.2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

NOTA DE FALECIMENTO - 29 de agosto Mestre Marcio Alexandre - Mestre Negão



Domingo, dia 29 de agosto, partiu para outro plano
o querido Mestre Marcio Alexandre Sebastião,
mais conhecido como Mestre Negão.
Foi um dos precursores da Capoeira e Dança Afro em BH/MG.
Fica aqui nossa homenagem a este senhor que nos ensinou a ter garra, fé e alegria na vida, apesar dos obstáculos.

Entrevista com Mestre Negão: