quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

1 a 13 / julho / 2009: Solidariedade Turismo em Santa Maria dos Pretos (comunidade negra brasileira capita Maranhão)

Solidariedade Turismo em Santa Maria dos Pretos - Maranhão



TRADUÇÃO DO CONVITE ORIGINAL

1 a 13 / julho / 2009: Solidariedade Turismo em Santa Maria dos Pretos (comunidade negra brasileira capital Maranhão)


Nós oferecemos uma jornada de trabalho, os intercâmbios culturais, de contemplação, lazer e aventura no Norte do Brasil.
A região "pré Amazônia", uma mistura do ecossistema e da cultura amazônica com o Brasil Central (cerrado)
A viagem inclui:
5 dias de trabalho para melhorar a habitação ea saúde. Reprodutores suínos e organização de desenvolvimento da Permacultura;
5 noites de festas e celebrações;
1 noite em São Luiz o mais francês da cidade do Brasil, capital do estado do Maranhão;
5 dias nos Lençóis Maranhenses. Limpar água dos lagos, rios, praias de água doce e dunas;
OPCIONAL: 2 dias para Alcântara, praia, artesanato, festas e bailes de black "quilombolas".
Os Quilombolas: no Brasil: A comunidade de escravos negros-marrons.
A "marrom negro" é o escravo que fugiram do seu proprietário, que fugiram em uma região de difícil acesso.
Algumas comunidades quilombolas foram encontrados 15 anos atrás somente em áreas muito isoladas de Goiás, o planalto central brasileiro. Eles viveram fora da civilização e tudo provavelmente não sabem que a escravatura tinha sido abolida há mais de um século ...
Anormal TURISMO - francófonos Sociedade para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável e Solidariedade no Brasil.
(Sociedade Francofonica pelo Desenvolvimento do Turismo Sustentável e solidário no Brasil)
tourisme.insolite @ gmail.com
http://tourisme.insolite.bresil.googlepages.com/to- - urismeinsolite
Telefone 00-55-61 - 8144 8483
Nome do Skype - valdofranca
msn consultor.valdo.saneamento @ hotmail.com
http://www.ashoka.org/fellows/viewprofile3.cfm?rei- - d = 96386htt


CONVITE ORIGINAL

1 a 13 / Juillet / 2009 : Tourisme Solidaire à Santa Maria dos Pretos (communauté de noirs brésiliens habitant le Maranhão)


Nous proposons un voyage de travail, d'échanges culturels, de contemplation, d'aventure et de loisirs dans le Nord du Brésil.
C'est la région "pré-Amazonie", un mélange de l'écosystème et de la culture amazonienne avec le Brésil Central (la savane brésilienne)
Ce voyage comprend:
5 jours de travail pour améliorer les habitations et la santé. Organisation de l'élevage de cochons et développement de la permaculture;
5 soirées de fêtes et de célébration;
1 soirée à São Luiz la ville la plus française du Brésil , Capitale de l'état du Maranhão;
5 jours dans les Lençois Maranhenses. Lacs d'eau claire, rivières, plages d'eau douce et dunes de sable;
EN OPTION: 2 jour à Alcântara, plage, artisanat, fêtes et danses de noirs « Quilombolas ».
Les Quilombolas : en brésilien : La communauté des esclaves noirs-marrons.
Le " nègre marron " est l'esclave qui s'est enfui de chez son propriétaire, et qui s'est réfugié dans une région difficilement accessible.
Certaines communautés de Quilombolas ont été retrouvées il y a 15 ans seulement dans des régions très reculées de la Goias, sur le plateau central brésilien. Ils vivaient à l’écart total de la civilisation et ne savaient probablement pas que l’esclavage avait été aboli depuis plus d’un siècle…
TOURISME INSOLITE - Société Francophone pour le Développement du Tourisme Solidaire et Durable au Brésil.
(Sociedade Francofonica pelo Desenvolvimento do Turismo Solidário e Sustentável no Brasil)
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MACHADO DE ASSIS, NA REVISTA DA ABRIL

MACHADO DE ASSIS, NA REVISTA DA ABRIL

Publicada em:17/09/2008

Por Urariano Motta, escritor e jornalista (*)
Artigo originalmente publicado no site "Direto da Redação", editado em Miami.

Recife (PE) - O centenário da morte de Machado de Assis tem dado margem às mais justas homenagens ao escritor. Mas nada se compara à que lhe fez o último número da revista Nova Escola, da editora Abril. Já na capa, ela anuncia: “No ano dedicado ao nosso maior escritor, saiba como trabalhar seus clássicos textos literários com alunos a partir do 3º. ano”. Ainda que vacinado contra os enganos da imprensa, não pude resistir. Quem sabe?, eu me dizia, pára de ser casmurro. Um órgão da Fundação Victor Civita é diferente. Afinal, a Nova Escola não é o mesmo que a revista Veja.

Entrei na revista, bem. Logo em um intertítulo da matéria – Contos para pequenos – o espírito de Machado é expulso: “Nos ciclos iniciais, o ideal é começar a trabalhar Machado pelos contos, compreensíveis por leitores de qualquer idade e com uma história bem próxima da realidade infantil”. O leitor leu o que entendeu. Isto: os contos são mais simples que os romances. Mas contos não são mais simples que romances; contos podem ser tão complexos quanto romances; a extensão de uma narrativa não é o seu número de linhas; a extensão do que se lê é a duração na alma do leitor; pelo peso, volume e número de linhas, qualquer catálogo telefônico é mais complexo que Missa do Galo.

Para crianças do 3º. ao 5º. ano, o Conto de Escola é assim apresentado: “...As antíteses e os paradoxos permitem levantar uma série de discussões em sala de aula. Um dos objetivos dessa leitura é a distinção entre conto e outros gêneros, como apólogo, fábula e lenda”. No entanto, em Conto de Escola o que menos importa são as antíteses e os paradoxos. E conto, como gênero, não é diferente do apólogo, fábula ou lenda.

Chegamos à seqüência didática para Um Apólogo, indicado para estudantes do 4º. e do 5º. ano.

“Material necessário: Cópias de Um Apólogo para todos. Livros e sites de História sobre o Rio de Janeiro do século 19. Caixa de costura com agulha, linha e alfinete e um pedaço de tecido”.

Vocês leram o que entenderam: “caixa de costura com agulha, linha e alfinete e um pedaço de tecido”. Isso porque, no apólogo, dialogam uma agulha e uma linha, mais a reflexão de um alfinete! Imaginem como seria a leitura das Memórias Póstumas de Brás Cubas. Cenário de caixões de defunto, funerárias, cemitérios, com pedras tumulares trazidas para dentro da sala de aula. Vozes do além, esqueletos, e vermes, melhor, só um, o primeiro deles em uma corrida, porque a ele se dedicam as memórias póstumas!

Então chegamos ao ápice. Para os alunos do 9º. ano leva-se o romance Dom Casmurro. Prometo ser imparcial e mudo como uma porta ou uma parede. Apenas transcrever. Por isso vamos à seqüência didática de trabalho para o livro:

“OBJETIVO – Ampliação da capacidade de análise literária. CONTEÚDO – Análise do foco narrativo. TEMPO ESTIMADO – Cinco aulas. ...2ª. ETAPA – Os estudantes devem terminar a leitura do livro, se possível, sozinhos....”.

Mas devo logo terminar o pacto. Não podemos deixar de nos deter em Dom Casmurro para um tempo estimado de 5 aulas. Nem, muito menos, para a meta de alunos terminarem a leitura desse livro sozinhos. Há um erro de raiz, que derruba e põe por terra as intenções de um Machado para todos nesses termos.

Deus e o Diabo sabem, e a experiência confirma que o Machado maduro não é compreendido pelos anos imaturos. Observem que o Dom Casmurro, para as turmas do 9º. ano, passa a ser distribuído entre jovens de idades em torno de 15 anos. Imaginem como as digressões, chistes, circunlóquios, paráfrases, paródias, ironias, metáforas, inversões podem ser compreendidas por meninos e meninas em cinco aulas. Ora cinco. Multipliquem-nas por vinte.

Daí que as intenções, na aparência mais pedagógicas, reduzam a complexidade de uma prosa livre às linhas exteriores da trama. Como se escreve na revista, abaixo do intertítulo Romances para os jovens : “No 7º, é viável começar a trabalhar com as grandes histórias de Machado. Um dos títulos que se encaixa bem nessa faixa etária é Dom Casmurro. O enredo gira em torno de Bentinho, um jovem aristocrata carioca, que desconfia que a mulher, Capitu, cometeu adultério”.

Machado na Abril: bom para cortar cabecinhas.

OBAMA, O FILHO DA MÃE!

O que pode ser e é esta mulher nas nossas vidas?
- Construtoras, orientadoras, devastadoras, irresponsáveis, ausentes, dedicadas, presentes, revolucionárias, opressoras, companheiras, professoras, destruidoras - não importa, com certeza algo de bom nos acrescentarão.

Obrigada e eterna gratidão a todas mães que tive e tenho.

AXÉ!
Marcos Cardoso


OBAMA, O FILHO DA MÃE!


Por Urariano Motta, escritor e jornalista (*)
Artigo originalmente publicado no site "Direto da Redação", editado em Miami.
http://www.diretodaredacao.com/


Na vitória de Barack Obama há um aspecto original que não vem sendo notado. "Há muitos aspectos, colunista apressado", poderia ser dito. Tentarei explicar.

Além do mais claro, quero dizer, além do fato mais óbvio, de Obama ser o primeiro negro eleito para a presidência dos Estados Unidos, me chama atenção que na sua vida há uma vitória sem ruído de pessoas "derrotadas", ou marginalizadas na cultura da sociedade norte-americana. Para ser mais preciso, na sua vitória há uma vitória muito especial da sua mãe.

A mãe de Obama, Stanley Ann Dunham, foi uma pessoa rara já a partir do nome com que foi batizada. O pai queria um filho homem, e se compensou , ou se vingou, impondo-lhe um nome de homem. Para quê? O bom da vida são as limonadas que fazemos dos limões que nos atiram.

Stanley Ann, para a sociedade americana em 1960, não demorou a mostrar a que veio. Aos 18 anos, conheceu o negro Barack Hussein Obama na Universidade do Havaí, em uma aula de... russo! Branca, namorou o jovem queniano, casou... queremos dizer, juntou suas roupas e livros às dele, e teve Barack Hussein Obama Jr.

Como a estabilidade não era bem o seu ideal, separou-se poucos anos depois. Em 1964, ainda irrecuperável, Stanley Ann voltou à faculdade para se formar e casar à sua maneira mais uma vez: uniu-se a um estrangeiro não-branco, o indonésio Lolo Soetoro.

Stanley Ann era não só diferente, rebelde, por intuição. Antropóloga, escreveu uma dissertação de 800 páginas sobre os trabalhos de serralheria dos camponeses de Java. Trabalhando para a Fundação Ford, defendeu o direito das mulheres trabalhadoras e ajudou a criar um sistema de microcréditos para os pobres.

Maya Soetoro-Ng, a meia-irmã de Obama, afirmou recentemente sobre a mãe: "essa era basicamente a sua filosofia de vida; não nos limitarmos por medo de definições estreitas, não erguermos muros à nossa volta e nos empenharmos ao máximo para encontrarmos a afinidade e a beleza em locais inesperados".

Stanley Ann Dunham morreu de câncer no ovário em 1995. O pai, a quem Obama dedicara um livro, ele mal viu, depois dos dois anos de idade. Por isso afirmou, o primeiro homem negro eleito para a presidência dos Estados Unidos: "eu creio que se eu soubesse que a minha mãe não iria sobreviver à doença, eu escreveria um livro diferente - menos meditação sobre o pai ausente, mais celebração da mãe que era a única coisa constante em minha vida", escreveu no prefácio de suas memórias, "Sonhos De Meu Pai".

E acrescentou: "eu sei que ela era a mais gentil, o espírito mais generoso que já conheci e o que existe de melhor em mim eu devo a ela". Para essa Ann, mulher estranha para os valores dominantes, delicada e rebelde, na campanha eleitoral Obama chamava de a sua "mãe solteira".

O presidente eleito não repete, é claro, o pensamento, os atos e as convicções da mãe. Se assim fosse, não teria chegado aonde chegou. Mas sem as idéias de Stanley Ann Dunham, Barack Hussein Obama Jr. não teria tido a mais remota possibilidade de existir.

Em lugar do "sonho americano", que toda imprensa proclama, Obama é antes uma vitória do pensamento e de idéias não-conservadoras, que estavam no limite dos marginalizados hippies. E os hippies, vocês lembram, naqueles malditos tempos acabavam nas prisões, ou como em Easy Rider, sob tiros de espingarda.

Em 2008, um filho de mãe solteira, de uma irrecuperável, é eleito presidente.

Para essa nova história, somente espero não ser um colunista muito apressado.
Luiz S. Belisário