terça-feira, 9 de junho de 2009

ARCOS DE SANTA TEREZA

Vislumbro todos os dias
Destas janelas
Agonias.
Arcos de Santa Tereza
Onde está sua beleza?

Os belos arcos
Hoje palco de tristeza
Onde exasperados escalam
Por “ver-a-cidade”.

Na adolescência, sempre gostei daquele lugar
O qual atravessava no silêncio das tardes sabáticas,
para desacelerar.
Lá do alto a liberdade me abraçava
Oferecendo seu sorriso ao contrário

Hoje os tão ocupados salva vidas, quando solicitados
Nem sempre cumprem a missão.
Arcos de Santa Tereza
À noite com luzes acesas
Está prestes a virar vilão.

Observo: e isto não tarda
Que os arcos serão gradeados
Ou até eletrificados
Para que poetas, atores,
Belorizontinos poucos e pirados,
Não mais escalem ou fiquem assentados.

Distante/diante daquela beleza
Não poderemos mais,
Do cume deste símbolo erótico,
Compor, atuar, fazer odes e trocadilhos

...imaginar-nos nos trilhos.

rita de amorim – bhz – 14/07/2005

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