Vislumbro todos os dias
Destas janelas
Agonias.
Arcos de Santa Tereza
Onde está sua beleza?
Os belos arcos
Hoje palco de tristeza
Onde exasperados escalam
Por “ver-a-cidade”.
Na adolescência, sempre gostei daquele lugar
O qual atravessava no silêncio das tardes sabáticas,
para desacelerar.
Lá do alto a liberdade me abraçava
Oferecendo seu sorriso ao contrário
Hoje os tão ocupados salva vidas, quando solicitados
Nem sempre cumprem a missão.
Arcos de Santa Tereza
À noite com luzes acesas
Está prestes a virar vilão.
Observo: e isto não tarda
Que os arcos serão gradeados
Ou até eletrificados
Para que poetas, atores,
Belorizontinos poucos e pirados,
Não mais escalem ou fiquem assentados.
Distante/diante daquela beleza
Não poderemos mais,
Do cume deste símbolo erótico,
Compor, atuar, fazer odes e trocadilhos
...imaginar-nos nos trilhos.
rita de amorim – bhz – 14/07/2005
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